O DOCE CHUVISCO NA TRADIÇÃO E MEMÓRIA CAMPISTA
ATA DA QUINTA REUNIÃO DO INSTITUTO HISTÓRICO E
GEOGRÁFICO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES – Gestão 2016/2018
Aos vinte e cinco
dias do mês de julho do ano de dois mil e dezessete, no Museu Histórico de
Campos dos Goytacazes, às dezoito horas e vinte minutos foi iniciada a reunião
IHGCG, tendo estado presentes os seguintes sócios: Humberto Rangel, Welligton
Paes, João Pimentel, Sylvia Paes, Carmen Eugênia S. Gomes e Graziela Escocard.
A presidente iniciou convidando aos presentes para a próxima reunião a ser realizada
em dia 29 de agosto, às 18h, no MHCG, quando teremos como tema o Movimento
Integralista em Campos dos Goytacazes, especialmente o fato acontecido em 15 de
agosto de 1937. Também aproveita para convidar para o evento Tradições
Culturais - Folias de Reis que acontecerá dia 06 de agosto, domingo, das 10h às
15h na Praça do SS. Salvador, cuja programação é a seguinte: 01 a 31 de agosto
teremos a Exposição “Fé, Tradição e Cultura Popular na Folia de Reis”, no MHCG,
de 10h às 19h. Dias 2 e 3 de agosto (4ª e 5ª feira), teremos Oficinas de
Artesanato - Bandeiras de Folias (IHGCG), também no Museu Histórico de Campos
dos Goytacazes com as artesãs Morgana Aguiar e Arlene José. Em 04 de agosto
(sexta-feira), acontecerá Mesa de Debates: “Tradições Culturais - Folias de
Reis”, também no Museu Histórico Campos dos Goytacazes, às 19 horas. Entre os
participantes da mesa teremos: Bruno Costa - Conselheiro Cultural da Secretaria
de Cultura do Estado do Rio de Janeiro; Wellington Cordeiro - Conselheiro
Cultural da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro na cadeira de
Artes Plásticas; Gisele Gonçalves - Mestre em Políticas Sociais/UENF e prof.ª
do ISEPAM/FAETEC; Joilza Rangel - vereadora representante da Comissão de
Educação e Cultura da CMCG e Monsenhor Leandro de Moraes Diniz - Catedral
Diocesana. A Mediação será feita por Tim Carvalho. Já para o Sesquicentenário
de Nilo Peçanha, que também tem a iniciativa do IHGCG, as reuniões estão
acontecendo quinzenalmente no Trianon, sob a presidência de Cristina Lima com a
presença de representantes de várias instituições da sociedade civil e do poder
público. Dentro da programação teremos: Editais para Portal na entrada de Morro
do Coco, artigos para E-book, marca do evento, lançamento de livros e revista
em quadrinho entre outros. Para o dia 30 de setembro está prevista para às 18h,
na Câmara Municipal, Palestra sobre Nilo Peçanha e Lançamento do Selo
Comemorativo, com a presença do Grão Mestre da Loja Maçônica. Para o dia 24 de
outubro (terça-feira), às 18h, no MHCG iniciará uma Exposição Personalizada e
uma Mesa de Denates: Mesa Redonda “Negro Nilo?” - Prof. Joaquim Eloi, Prof.ª Clareth Reis e
Wellington Cordeiro, com mediação de
Carmen Eugênia Sampaio Gomes. Anuncia também o lançamento do Boletim nº2 do
IHGCG durante às festas ao Santíssimo. Dando continuidade, convida o
palestrante da noite, o professor Ives Duque para nos falar sobre “O doce chuvisco na
tradição e memória campista: novas contribuições e apontamentos”. Ele que é Geógrafo;
Designer Gráfico. Mestrando em Desenvolvimento Regional, Ambiente e Políticas
Públicas - PPGDAP, UFF Campos. Especialista em Literatura, Memória Cultural e
Sociedade - IFFluminense. Especialista em Ensino de Artes Visuais - Escola de
Belas Artes, UFMG. Especialista em Ensino de Ciências e Biologia - Instituto de
Bioquímica Médica da UFRJ. Especialista em Educação Ambiental - UPEA, IF
Fluminense. Resumindo sua
fala temos: Pinha
d'Ovos, pinheiro com fruto de chuviscos, chuviscos de ouro ou simplesmente
chuvisco. O doce que, cristalizado ou em calda, é detentor de uma identidade
culinária local e típica na cidade que o transformou em Patrimônio Imaterial
Cultural. A partir de uma pesquisa, tendo como fontes documentárias acervos de
jornais, livros de receita publicados e trabalhos acadêmicos, espera-se
contribuir com a história deste doce tão apreciado pelos campistas. Novos
apontamentos surgem a medida que elementos, até então desconhecidos, emergem
para nos ajudar a contar uma trajetória gustativa que há muito já habita o
imaginário social local. Um cenário é construído desde a primeira receita
registrada do doce - ainda com o nome Pinha D'Ovos e presente em um livro de
receitas manuscrito, produzido entre 1860 e 1873, pela Sinhá Custódia
Leopoldina em Campinas-SP - até a famosa receita da doceira Mulata Teixeira
revelada em uma entrevista a Revista Globo Rural em 1987. Contudo, é importante
apontar o valor da atividade da doçaria, por meio das doceiras da cidade,
consideradas as melhores do Brasil. Sem elas, dificilmente o chuvisco teria
resistido ao tempo, e as transformações na arte da doçaria, para ter se
tornando patrimônio de Campos dos Goytacazes. Sem mais para o presente encerro a presente ata que
vai assinada por mim e por quem de direito.
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