O INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES




     O Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes, nova denominação do Instituto Histórico de Campos dos Goytacazes, fundado em 19 de julho de 1991 e reinstalado em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 19 de julho de 2013, é uma associação civil, sem fins lucrativos, com sede e foro na cidade de Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro.

     De acordo com seus estatutos, as finalidades do IHGCG são:

I - pesquisar, estudar e difundir a história, a geografia e as ciências afins, do Brasil, do Estado do Rio de Janeiro e, especialmente, do Município de Campos dos Goytacazes;
II - zelar pelas tradições nacionais, fluminenses e especialmente as de Campos dos Goytacazes;
III – preservar a memória dos cidadãos fluminenses que, reconhecidamente, tenham cumprido relevante papel na construção da história do país, do estado, das regiões norte e noroeste fluminense e do município;
IV -     obter, por doação, comodato ou outras formas legítimas, dos campistas e dos descendentes de seus antigos habitantes, documentos, objetos de arte e artigos de valor histórico referentes às efemérides da cidade, costumes e tradições do povo;
V - promover palestras e conferências de acordo com o inciso I deste Artigo;
VI - incentivar a elaboração de monografias e outras produções científicas, concernentes à História e à Geografia, além de estudos biográficos acerca dos primitivos povoadores da região, de campistas ilustres e de outras personalidades ligadas a Campos dos Goytacazes, de acordo com o inciso I deste artigo;
VII -     editar, periodicamente, publicações que divulguem estudos e atividades de interesse do Instituto, como a Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes;
VIII -   transformar a entidade Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes em ponto de referência e de frequência dos intelectuais vocacionados e dirigidos ao estudo e pesquisa da História, da Geografia e das disciplinas congêneres;
IX -    reconhecer que as Ciências Sociais são organismos vivos, buscado ampliar o ângulo desenvolvimentista da sua perspectiva histórica e geográfica;
X -     promover, mensalmente, sessões acadêmicas, abertas ao público, a que poderão comparecer convidados especiais, para leitura e discussão de temas históricos, geográficos e assuntos correlatos;
XI -      sugerir aos poderes públicos medidas que visem à recuperação, à conservação e à defesa do patrimônio histórico e ambiental nacional, e, em particular, da região fluminense, com especial atenção ao município de Campos dos Goytacazes;
XII- proteger o patrimônio material e imaterial (onde couber) de natureza cultural, artística, estética, histórica, turística e ambiental do município de Campos dos Goytacazes, encaminhando aos órgãos competentes denúncias referentes à depreciação, à desvalorização e à evasão dos mesmos, bem como cooperando, na medida de suas possibilidades, para sua recuperação e sua conservação, em parceria com os órgãos públicos e a sociedade civil organizada.
XIII- manter intercâmbio com as entidades congêneres, nacionais e estrangeiras.

     O Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes terá como símbolo um brasão de armas que será utilizado em todas as suas comunicações e terá também um selo (ou carimbo) para autenticar seus documentos.

          A descrição heráldica do brasão é a seguinte:

     “Escudo antigo esquartelado: o primeiro e o quarto quartel de ouro com um livro de cor azul, com páginas de prata, encadernado à antiga, com cantoneiras de ouro e fechado por duas fivelas do mesmo, ostentando na capa a constelação do Cruzeiro do Sul de prata; o segundo e o quarto quartel de azul, com uma esfera armilar de ouro, tendo em sua armila em banda a inscrição IHGCG de preto. O escudo está assentado em dois bastões de sable em aspas e guarnecidos de ouro. Como timbre, uma coruja ao natural, com penas brancas, bicada e armada de ouro, posta em ¾ à destra, tendo sua pata sinistra presa por uma corrente de ouro a uma ampulheta do mesmo, que esta apoiada pela pata destra, e o conjunto assentado sobre um virol com as cores do escudo. Como divisa, num listel de azul, forrado de ouro, a inscrição ‘HISTÓRIA ET GEOGRAPHIA DOCERE VIAM FUTURE’, com letras maiúsculas de ouro. Entre a ponta do escudo e o listel da divisa está uma ampulheta do tempo de ouro”.

          O significado do brasão e de cada uma de suas peças e cores se detalha a seguir:

I – O escudo é a parte principal que forma um brasão em heráldica. Muitas vezes o escudo constitui a totalidade do próprio brasão de armas, uma vez que os elementos exteriores podem ser dispensados.
II – O livro, publicação encadernada, com um numero indefinido de páginas, foi incluído no primeiro e no quarto quartel. Representa o símbolo da erudição e do ensino, e também de quem passa conhecimentos, e destaca que a história é uma ciência que estuda a vida do homem através do tempo, investiga o que os homens fizeram, pensaram e sentiram enquanto seres sociais, e que seu conhecimento ajuda na compreensão do homem enquanto constrói seu tempo. A constelação do Cruzeiro do Sul e a própria cor do livro, lembram o céu como no brasão de armas do município de Campos dos Goytacazes, destacando assim a própria localização da sede do IHGCG.
III – A esfera armilar é um antigo instrumento de astronomia que representa o conjunto da esfera celeste e o movimento dos astros, onde o globo central representa a terra e os vários anéis concêntricos (armilas) os corpos celestes. Neste brasão ela representa a geografia cujo estudo nos leva desde a formação do universo, e percorrendo as divisões de aspectos como: a formação do planeta, Geologia, Hidrografia, Clima, Vegetação, Relevo, Teoria de placas, além de todos os fenômenos naturais; e nela se inclui também a geografia humana. A armila posta em banda, com a inscrição IHGCG vem indicar que a geografia é também matéria importante de estudos para o Instituto.
IV - A coruja timbrando o escudo recorda a existência no IHGCG de sabedoria no que diz respeito à história e à geografia, enquanto que a corrente representa a concórdia e a fidelidade, e que por estar atando a coruja à ampulheta, significa a concordância e o compromisso do IHGCG ao que se prega dentro do estudo dos tempos da história.
V – O “virol”, peça feita de tecido com as cores do escudo, neste caso de azul e ouro, é a parte mais elevada do escudo onde se assenta o timbre.
VI - Os bastões, tradicionalmente um símbolo de autoridade, neste brasão representam a autoridade do IHGCG nos assuntos históricos e geográficos na área de sua abrangência.
VII – A ampulheta, conhecida como relógio de areia, é constituída por duas âmbulas (recipientes cónicos ou cilíndricos) transparentes que se comunicam entre si por um pequeno orifício que deixa passar uma quantidade determinada de areia de uma para a outra - o tempo decorrido a passar de uma âmbula para a outra corresponde, em princípio, sempre ao mesmo período de tempo e foi incluída do brasão, visto sua utilização na arte para simbolizar a transitoriedade da vida, que é estudada pela história.
VIII – A divisa “HISTÓRIA ET GEOGRAPHIA DOCERE VIAM FUTURE”, que significa “A História e Geografia ensinam o caminho do futuro”, recorda a razão do interesse do IHGCG nessas matérias.
IX – A cor azul é a cor base do brasão municipal de Campos dos Goytacazes combinado com a prata das estrelas do Cruzeiro do Sul, representando e zelo pela verdade que deve conter todos os estudos. A prata também é representada pelo branco nas bandeiras, significa pureza, integridade e firmeza, valores morais que são cultivados pelo IHGCG. O ouro traduz a constância, e a sabedoria que representam a nobreza com que o IHGCG exerce suas funções. O branco das penas da coruja representa a pureza, simplicidade e a clareza da sabedoria exercida pelo IHGCG. O preto dos bastões de ébano é a cor da simplicidade, da sabedoria, da prudência e da moderação, valores intrínsecos ao instituto.


   O selo do IHGCG contem os mesmos elementos do brasão de armas antes descrito, entretanto sem incluir a ampulheta e sendo o listel de branco, dando um formato mais circular ao conjunto, e com a divisa escrita em letras pretas.


 
As cinquenta cadeiras patronímicas do IHGCG  estão relacionadas abaixo:
01.        Álano Barcelos
02.        Alberto Frederico de Moraes Lamego
03.        Alberto José de Sampaio
04.        Alberto Ribeiro Lamego
05.        André Martins da Palma
06.        Augustin de Saint-Hilaire
07.        Benta Pereira de Souza
08.        Charles Ribeyrolles
09.        Clovis Arrault
10.    Conceição de Maria Sardinha
11.    Darcy Ribeiro
12.    Denancy Anomal
13.    Dom Pedro de Alcântara Rafael Gonzaga – Dom Pedro II
14.    Fernando José Martins
15.    Francisco Augusto de Paula Carvalho
16.    Francisco Saturnino Rodrigues de Brito
17.    Frederico de Menezes Veiga
18.    Gastão Machado
19.    Godofredo Nascentes Tinoco
20.    Henrique Luís de Niemeyer Bellegard
21.    Hervè Salgado Rodrigues
22.    Horácio Souza
23.    João Antônio de Azevedo Cruz
24.    João de Alvarenga
25.    João Oscar do Amaral Pinto
26.    Jorge da Paz Almeida (Jorge Chinês)
27.    Jorge Renato Pereira Pinto
28.    José Alexandre Teixeira de Melo
29.    José Candido de Carvalho
30.    José Carneiro da Silva - Visconde de Araruama
31.    José do Patrocínio
32.    José Francisco de Carvalho
33.    José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho
34.    Julio Feydit
35.    Luiz Carlos de Lacerda
36.    Luiz Phelipe de Saldanha da Gama
37.    Manuel Alberto Barbosa Guerra
38.    Manuel Martins do Couto Reis
39.    Maria da Conceição Rocha e Silva
40.    Modestino Kanto
41.    Múcio da Paixão
42.    Newton Périssé Duarte
43.    Nilo Peçanha
44.    Nilo Terra Arêas
45.    Osório Manoel Peixoto da Silva
46.    Pero de Góis da Silveira
47.    Salvador Correa de Sá
48.    Theophilo Guimarães
49.    Thiers Martins Moreira
50.   Waldir Pinto de Carvalho


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Comentários

  1. Por favor,
    preciso do endereço do Instituto para envio de correspondência.
    Muito grato.
    Olinio Coelho
    IHG Vassouras

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    1. Prezado Olinio Coelho,
      Para correspondência pode usar meu endereço postal:
      Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes - IHGCG
      A/C de Alberto R. Fioravanti
      Rua Marquês de Herval 92
      Parque Tamandaré
      28.035-013 Campos dos Goytacazes, RJ

      Saudações
      Alberto R. Fioravanti

      Excluir
  2. Por favor,
    preciso do endereço do Instituto para envio de correspondência.
    Muito grato.
    Olinio Coelho
    IHG Vassouras

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  3. Prezadas cidadãs campistas,
    Caros cidadãos campistas,
    Como sabem, resultante das revelações trazidas à luz ou ratificadas pela Comissão Nacional da Verdade e pelas Comissões Estaduais da Verdade, em várias partes do país monumentos e outros bens públicos, como escolas, estão tendo seus nomes modificados deixando de prestar homenagem a figuras que colaboraram para o Golpe de Estado de 1964 e com a Ditadura que se lhe seguiu. Infelizmente, até o presente momento nada se fez nesse sentido em nosso município, no qual não é difícil encontrarmos bens públicos, pertencentes ao poder público municipal, estadual ou federal, que rendem honraria a personagens que se dedicaram à violação do Estado Democrático de Direito, ao apoio a ditaduras que praticaram crimes contra brasileiros incluindo tortura, sequestro, desaparecimento, assassinatos e ocultação de cadáveres. Além de outros bens públicos, especialmente logradouros, que homenageiam personalidades políticas e/ou intelectuais que se dedicaram à propagação de doutrinas racistas/eugenistas ou foram elementos de apoio ao regime escravista. A manutenção de tais homenagens, em minha opinião, configura – passado o período em que tais honrarias não podiam ser publicamente contestadas sob o risco de seus contestadores sofrerem com a repressão policial-militar – em cumplicidade da sociedade campista, mormente dos seus intelectuais – e mais ainda, dos seus historiadores – com as ideias e práticas dos referidos homenageados. Entendo que, seguindo as diretrizes da CNV e o exemplo do que vem ocorrendo outros municípios e estados da federação, devemos nos organizar e pressionar os poderes públicos para que tais homenagens sejam revistas, que se avalie – à luz de princípios como o respeito às garantias constitucionais, a valorização dos princípios dos direitos humanos, da afirmação da igualdade de direitos como valor essencial e a afirmação do respeito aos direitos políticos dos cidadãos; da luta contra a opressão, a tirania, a violação dos direitos humanos e individuais, da condenação ao racismo, à misoginia, às teses eugenistas e a quaisquer formas de escravidão – a pertinência de um movimento social dos historiadores que atuam em Campos voltado à discutir a necessidade de rever os nomes de bens públicos existentes em nosso município.
    Atenciosamente,
    Prof. Dr. Luiz Claudio Duarte
    Chefe do Departamento de História de Campos da Universidade Federal Fluminense - CHT/UFF
    Coord. do Grupo de Pesquisa Sobre História Militar, Poder e Ideologia - GPHISMPI.

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