Segundo
o geólogo campista Alberto Ribeiro Lamego, entre o relevo da Serra do Mar e o
mar, estende-se a planície campista, cuja cota de altitude é de, em média, 14m
acima do nível do mar. As restingas e manguezais correm a costa e protegem o
interior dos ventos fortes do mar e da salinidade excessiva.
O rio Paraíba do Sul foi o responsável por depositar,
por milhares de anos, sedimentos no fundo mar e a formar a Planície Goitacá. Junto
com essa matéria orgânica, vinham também sedimentos que, transportados pelo rio,
se acumularam nas áreas rasas do mar e, depois de milhares e milhares de anos,
deram origem a essas terras propícias ao plantio da cana-de-açúcar e que são
também de boa qualidade para a utilização na indústria ceramista.
Estamos assentados em um
território sob o domínio das águas cujo soberano é o rio Paraíba do Sul. Nossa
paisagem tem o predomínio da planície costeira cercada por restingas e
manguezais.
A
restinga se diferencia na paisagem litorânea da região do Norte do Estado do
Rio de Janeiro. O geólogo Alberto Lamego, em sua obra “O Homem e a Restinga”,
compara a restinga “a matemática de órbitas celestes, repetindo em caminhos
terrestres numa engenharia descomunal”. A vegetação arbustiva da restinga se
emparelha em faixas de longa extensão que se estendem entre montículos
alongados de areais, “simulam o próprio mar” (Lamego, 1974, p. 25) estendendo-se da zona da lavoura canavieira
até o mar.
Foi
essa paisagem da Baixada Campista a moradia dos primeiros habitantes da nossa
região, os bravos indígenas da nação Goitacá.
O Frei
Simão de Vasconcelos, que esteve por aqui por volta de 1594, relata que nossos
indígenas viviam “nas águas de grandes alagoas” que dominavam seus
campos. Eram ferozes guerreiros gigantes e muito bons arqueiros. Viviam nas
águas, igual a crocodilos, e por isso
receberam o nome “goitacás”.
Contudo, todos descrevem bem
a paisagem encharcada da nossa planície entre os rios Itabapoana e Macaé,
território sob o domínio goitacá até a chegada do colonizador.
O colonizador chegou por
volta de 1633, quando teriam os Sete Capitães, donatários da Capitania de São
Tomé, erguido um curral e uma choupana de palha em Campo Limpo, que deixaram
aos cuidados do índio Valério, com uma vaca e um touro. Em 10 de dezembro, um
novo curral foi levantado na ponta do Cabo de São Tomé, deixado sob os cuidados
do escravo Antônio Dias com mais um touro e uma vaca, e um terceiro curral, a
pouca distância deste, que foi deixado aos cuidados do índio Miguel.
O
Capitão Manoel Martins do Couto Reys, em sua obra “Uma descripção política,
geographica e cronographica do Districto dos Campos Goitacaz”, de 1785, atesta
a região pantanosa que eram os campos dos Goitacás, coberta por alagados,
lagoas, charcos e rios que inundavam e fecundavam todo o território.
A
expansão da criação de gado aconteceu sob o domínio dos Assecas, donatários da
Capitania da Paraíba do Sul, ricos empresários do comércio, inclusive de ouro.
Com eles, a capitania foi partilhada em sesmarias e distribuída a outros
empreendedores menores, favorecendo, assim, a atividade pecuarista dominante. O
gado era vendido para regiões mineradoras nas geraes e aqui enriquece os donos
das terras, contribuindo para a formação de uma poupança interna que irá
fundamentar a atividade agrícola da cana-de-açúcar quando a pecuária
enfraqueceu.
Essa
proximidade do animal - cavalo e boi - com o homem no campo criou laços tão
profundos que se refletirá na linguagem e nas expressões locais, assim como em
atividades ligadas ao campo: são as corridas de Cancha Reta, as Cavalgadas, as
Festas de Laço e a própria Cavalhada. Desenvolveram atividades associadas, tais
como o seleiro - a sela campista, o ferreiro, o laçador profissional e
desportista.
Segundo Boris Fausto (1995:78 apud Paes, 2018), a
produção da cana para a produção de açúcar no Rio de Janeiro, especialmente na
região de Campos dos Goytacazes, teve expressão após o século XVIII, até então,
a cachaça foi o principal produto, utilizado como moeda de troca no comércio de
escravos com Angola. A economia açucareira mudou a paisagem: drenou alagados
com a abertura de canais, construiu solares coloniais no campo e sobrados
ecléticos na cidade, criou o senhor de engenho e os barões do açúcar. Também
nos legou o gosto saboroso dos doces de tradição portuguesa como o chuvisco,
nossa referência maior.
Sobre esse chão, o homem
daqui, primeiro desenvolveu a pecuária, mais própria aos alagados, o que lhe
rendeu pequenas fortunas, a poupança que necessitariam para iniciarem as
lavouras de cana-de-açúcar, desde os fins do século XVIII até meados do século
XX, passando pelos estágios de engenhoca, engenho e usina.
Nesse chão nasceu em 15 de
agosto de 1865, FRANCISCO
MANHÃES DA BOA MORTE, filho de Manoel José Manhães
de Souza e Mariana Francisca do Espírito Santo. Teve por avós paternos Manoel
José Manhães de Souza e Inácia da Conceição e Souza, e, por avós maternos João
Ribeiro Moço e Benvinda Maria Moço. Francisco foi o primogênito dos vinte e um
irmãos: Alexandrino, José, Filismindo, Antônio, Sabino, Domingos, Joaquim,
Manoel, Miguel, Úrsula, Luzia, Rosalina, Catarina, Senhorinha, Mariana, Maria,
Maria da Penha, Francisca, Ana e Justina.
Na verdade, “Boa Morte” não
se constitui um sobrenome, é mais uma homenagem por ele ter nascido no dia de
Nossa Senhora da Boa Morte, tanto que seus filhos e netos não o têm em seus
nomes.
Francisco viveu em um
período interessante da história da humanidade: a virada do século XIX para o
XX - que foi marcada pela queda dos grandes impérios, pelo avanço das ciências,
na área médica, por exemplo, foi criada a medicina preventiva e os cuidados com
a saúde pública; época também marcada por importantes inovações tecnológicas, frutos
da revolução industrial como o telefone, a fotografia, o cinema e até o
sabonete.
Os direitos civis foram
destacados pela abolição da escravidão africana no XIX e pelo voto feminino no
XX. O Brasil foi pioneiro nas discussões sobre o
voto das mulheres na América Latina. Nessa mesma época viveram filósofos e
pensadores que criaram teorias e reflexões responsáveis pela mudança de
atitudes e padrões da sociedade da época.
A Proclamação
da República aconteceu no Brasil em 1889, época em que a
sociedade brasileira estava organizada sobre estruturas rurais, com boa parte
da população vivendo nas cidades que ainda começavam a organizar seus espaços
urbanos: esse momento deu início à construção da nossa identidade como cidadãos
brasileiros, não mais como colonos de Portugal. Foi
o momento da recuperação econômica, adotando um modelo agrário
fortemente sustentado com exportação de café, borracha, algodão e cacau.
Francisco, ainda muito novo,
com cerca de vinte poucos anos, casou-se em primeiras núpcias com Inácia Maria
de Jesus com quem teve 12 filhos, sendo: Manoel, João, Úrsula, Escolástica,
Maria, Mariana, Bento, Antônia, Alexandre, Ercília, Nelson e Celeste. Em
segundas núpcias, casou-se com Francisca Custódia da Conceição com quem teve
mais os seguintes filhos: João Francisco, Antônio Francisco, Jacy, Maria
Francisca, Nely, Jovita, Haydéa e Arlete.
Sua residência na cidade se
localizava na Rua Ipiranga, 90, em uma chácara, onde hoje está erguido o Edifício Vila Real.
Com a Proclamação da
República, as câmaras municipais foram dissolvidas e os governos estaduais
nomeavam os membros do "conselho de intendência". Em 1905, cria-se a
figura do "intendente" que permanecerá até 1930 com o início da Era
Vargas. Nesse momento de entrada da forma republicana de governo, surge no
Brasil a figura dos coronéis. Essa foi uma prática sociopolítica brasileira do
início do século XX, período conhecido como República Velha que durou até 1930.
Os intitulados “coronéis” exerciam o poder local a fim de garantir votos em
troca de favores das esferas políticas locais e estaduais.
O coronel Francisco Manhães
da Boa Morte foi eleito vereador para o período de 1934 a 1937 tendo recebido a
mais expressiva votação daquele ano. Eram os anos que viriam a ser conhecidos
pela Era Vargas com a centralização do poder no
Executivo, a política de massas na questão trabalhista, o fortalecimento da
propaganda política, sobretudo durante o Estado Novo, e a capacidade de
negociação de Vargas que conseguia conciliar grupos com interesses diversos.
Com
a Revolução de 1930, as prefeituras assumem a função executiva dos municípios e
as câmaras municipais passaram a ter especificamente o papel de casa
legislativa.
Nesse momento, no qual os
edis ainda não recebiam remuneração pelo cargo que ocupavam, Francisco Manhães
viajava a cavalo, duas vezes por semana, da Barra do Furado até Mineiros, onde tomava
o trem para a cidade, a fim de cumprir as suas obrigações como parlamentar.
Durante
o Estado Novo, entre 1937 e 1945, as câmaras municipais foram fechadas e o
poder legislativo dos municípios foi extinto. Com a restauração da democracia
em 1945, as câmaras municipais foram reabertas e começam a tomar a forma que
hoje possuem.
Com seu falecimento, seus
bens foram deixados em testamento para os 20 filhos, pois o Bento faleceu ainda
criança, de uma queda de cavalo, e mais 4 filhas reconhecidas por ele, a saber:
Maria Maura, Lídia, Luzia e Idalina. Também deixou bens para dois de seus
empregados, em terras e gado, sem, no entanto, definir limites entre os lotes.
Suas terras abrangiam uma extensa área entre o Calombê até Fleixeira. Ainda
hoje alguns de seus familiares manejam o gado e plantam cana-de-açúcar, não
mais como no século passado, mas não deixaram suas terras.
Em
15 de agosto de 1965, foi lembrado pela sua frutífera prole de 120 netos e 52
bisnetos que mandaram esculpir, em bronze, um busto em homenagem ao seu
centenário de nascimento que foi colocado em frente a sua primeira residência no
Furado, município de Campos dos Goytacazes. Hoje o busto se encontra em Barra
do Furado, município de Quissamã. O idealizador da celebração do centenário foi
o neto Ayrthon Nery de Souza. Mais duas placas, em granito, foram colocadas
posteriormente, uma delas celebrando o sesquicentenário do patriarca em 15 de
agosto de 2015 e foi idealizada por Jacy Manhães.
Por ocasião do centenário e
inauguração do busto, estiveram presentes políticos importantes como o deputado
Saramago Pinheiro (Fundador da União Democrática
Nacional - UDN), Dr. Togo de Barros (deputado
constituinte em 1947 pelo PSD e Deputado Estadual em 1954), o ex-prefeito
Manoel Ferreira Paes, o prefeito Rockefeller Felisberto de Lima (Deputado Federal/RJ - 1967-1971, ARENA, além de
homens do porte do advogado Dr. Arthur Lontra Costa, que fez o discurso oficial
de improviso, e do médico Dr. Cardoso de Melo que compareceram para lhe prestar
a homenagem póstuma e proferir discursos pela ocasião. O seu neto Ayrton Nery
de Souza foi o orador oficial representando a família.
Hoje, em homenagem aos 157
anos de falecimento do coronel Francisco Manhães, seus familiares irão
restaurar o busto que se encontra em frente à Igreja de Nossa Senhora da Boa
Morte, na localidade de Barra do Furado, no município de Quissamã. A peça
escultórica foi retirada do antigo local, pois a antiga residência do Coronel
já não pertence mais a familiares seus.
A localidade de Barra do Furado se localiza no município de Quissamã: de um lado fica o Canal das Flechas e do outro, a localidade do Furado que pertence ao município de Campos dos Goytacazes.
A pedido de Francisco
Manhães, o genro Júlio César de Freixo Lobo, casado com Lucília Manhães Lobo,
redigiu o documento para instalação do Colégio na Barra do Furado - atual
Escola Municipal Délfica de Carvalho Wagner – onde foi a primeira professora
daquela geração e de muitas outras.
A Igreja dedicada a Nossa
Senhora da Boa Morte foi construída pelo Sr. Francisco que teria recebido como
presente de uma família portuguesa a imagem da Nossa Senhora deitada, pois em
muitas outras imagens ela é representada de pé.
Mais tarde, seguindo os
passos do patriarca, familiares doam terreno para a construção do Posto Médico
e da Quadra Poliesportiva, que ladeiam a igreja.
A sua influência na
localidade foi tamanha que nomeia a Avenida principal – Av. Francisco Manhães.
Foto em 1932 com as irmãs Úrsula e Luzia
MEMÓRIAS AFETIVAS
Em 25 de junho de 2022,
representantes da família se reuniram em Barra do Furado, onde se encontra o
busto do Sr. Francisco Manhães, para organizar os festejos previstos para a
data de 14 de agosto, dia de Nossa Senhora da Boa Morte, quando então prestarão
novas homenagens ao patriarca da família. Desse momento, muitas memórias
afetivas vieram à lembrança.
Lembranças de Ana Beatriz Manhães Wagner – bisneta
A imagem de Nossa Senhora da Boa Morte exposta na Igreja do mesmo nome foi presente de amigos ao coronel, que a trouxeram de Portugal.
Lembranças de Nilda Maria Manhães Pinto - neta
Lembra com carinho que quando ia até o Sr. Francisco pedir a benção ele sempre respondia – “Deus te abençoe, meu anjinho”, o que fortalece o lado carinhoso de uma das pessoas mais significativas da Baixada Campista.
Lembranças de Milton de Freixo Lobo – neto
Sr. Milton, neto do coronel,
filho de Lucília, que hoje reside no Rio de Janeiro, se lembra com afeto do
senhor Lino Açucena, que fazia a travessia em sua canoa do Furado para a Barra
do Furado, muito lembrado por atravessar as crianças que iam para a escola da
Prof.ª Délfica. Naquele tempo o rio era largo e profundo e os pais confiavam
nele. Anos depois existiu outro canoeiro alcunhado de “Cai N`Água” muito
popular também.
Também se lembra da casa
junto ao rio do Espinho, com um coqueiral e um engenho já abandonado, em que já
se fizera açúcar mascavo e melaço.
O coqueiral, ao anoitecer,
às vezes abrigava bandos barulhentos de aves de arribação. O tuiuiú, como
habitante dos alagados, era caçado na região.
Seu pai, Júlio Cesar de
Freixo Lobo, veio do Rio de Janeiro para ser radiotelegrafista no chamado Rádio
Velho, em Farol de São Tomé e através do código morse orientava as embarcações em áreas submersas dos baixios da
Barra do Furado, que era considerada área perigosa para os que transitavam em
nossa costa.
Lembra também o Sr. José
Chagas que, inicialmente trabalhando no serviço manual de remoção de moitas nas
águas que corriam da Lagoa Feia para a barra, formou uma empresa que, por
muitos anos, em conjunto com o DNOS, executou a drenagem em vasto território do
Estado do Rio de Janeiro.
Lembranças de Zilda Venâncio Petrucci.
Maria, uma das filhas do
coronel, casada com o Sr. João Ribeiro, é a madrinha de Zilda.
Sr. Vicente, casado com
Mariana, genro do coronel Francisco, foi dono da afamada cachaça Furadense.
Sr. Alexandre, casado com
dona Felisminda, morava na Rua Sete de Setembro com os filhos Cinésio e Dilma.
Lembranças de Sylvia Paes.
Eu
me lembro, quando menina, de ter ido em um domingo, junto com meus pais, até a
casa da família em Barra do Furado saborear camarões deliciosos, em companhia
da família de Sr. Ninico, querido compadre de meus pais, fazendeiro em Santo
Amaro. Ao chegar, me chamou a atenção o degrau da entrada da cozinha com um
desenho que mais tarde fiquei sabendo ser um marco jesuíta usado para demarcar
suas terras na Baixada Campista. Na entrada do Palácio da Cultura, na sede do
município, tem uma pedra com o marco jesuíta, como aquela do degrau que eu vi, também
recolhida daquela região.
Avelino Ferreira (Publicado no Facebook do autor)
Na oportunidade, Célio Wagner lerá matéria
publicada no jornal O Folha do Povo, publicada em 28 de dezembro de 1951, por conta de
seu falecimento, aos 86 anos de idade. Segundo a reportagem, Francisco Manhães
da Boa Morte “era o verdadeiro chefe político do terceiro distrito, notadamente
em Santo Amaro, Assu, São Martinho e Barra do Furado”, tendo sido o vereador
mais votado no pleito de 1934 (em 1937 as Câmaras foram fechadas quando da
ditadura Vargas).
Francisco Manhães da Boa Morte foi um dos fundadores
do Partido Socialista Brasileiro e, embora grande proprietário de terras, não
era um reacionário, segundo vários depoimentos colhidos à época. Inclusive,
tendo sido indicado à Presidência do Legislativo, recusou o cargo. Na
redemocratização do país, em 1946, com o retorno das casas legislativas e a
eleição para prefeito, não mais se candidatou. Mesmo assim, era procurado para
conselhos políticos por várias lideranças.
Registre-se que na Câmara, ele teve como colegas
vereadores, no mandato de 1935/37 (seria 1938, não fosse o fechamento dos
legislativos), Renato Nunes Machado, Jorge Pereira Pinto, Bartholomeu Lysandro
de Albernaz, Gualberto Bicudo da Silva, Antônio Salgueiro Júnior, Antônio
Gonçalves Coutinho e Gervásio de Vasconcellos Cordeiro.
A iniciativa da recolocação e reinauguração do
busto em sua homenagem é obra de seus bisnetos, destacando-se Luis Carlos de
Almeida Manhães (Manhães de Quissamã) e Leonice Pereira Barreto (educadora,
atriz em Campos), que têm orgulho da história do bisavô, político e
proprietário rural.
Casado com Inácia Maria de Jesus, Francisco foi pai
de 12 filhos.
Com o falecimento de Inácia, casou-se com Francisca
Custódia da Conceição, com quem teve mais 09 filhos. Quando faleceu, deixou
seus bens para todos os filhos dos dois matrimônios e mais quatro, que
reconheceu, deixando-lhes, em testamento, muitos alqueires de terra, assim como
deixou três alqueires para um dos seus empregados e muitas cabeças de gado
bovino com outro empregado de sua confiança.
No centenário de seu nascimento, em 15 de agosto de
1965, prestaram homenagem com a inauguração do busto 120 netos e 52 bisnetos.
Na ocasião, discursaram Togo de Barros, Oswaldo Cardoso de Melo, Ferreira Paes,
o prefeito Rockfeller de Lima, o deputado Saramago Pinheiro e Arthur da Lontra
Costa.
Francisco Manhães da Boa Morte faleceu em sua
residência, na rua Ypiranga, 90, onde seu corpo foi velado tendo a presença do
procurador geral do Estado, Nelson Pereira Rebel e discursado o seu amigo
Ulisses Martins.
Capela
de Nossa Senhora da Boa Morte (Praia do Furado)
Inaugurada em 06 de
fevereiro de 1923
No dia 06 de fevereiro
último inaugurou-se na praia do
Furado, a capela de Nossa Senhora da
Boa Morte, ali levantada pelas
Exmas. Senhoras dd. Haydéa Peixoto Grain, Isabel Peixoto Crespo, Isabel Sampaio
Peixoto e do. Sr Francisco Manhães da Boa Morte, proprietário no logar,
com auxílio de diversas pessoas.
Houve, então, benzimento da
capela, às dez horas da manhã, missa solene e primeira communhão de 30 meninas,
diversos baptizados e casamentos, servindo em todos esses actos o frei Felippe,
de Quissaman.
Às cinco horas da tarde,
procissão com grande acompanhamento, e a noite ladainha e um excellente boi
pintadinho.
Nos dias 14 e 15 de agosto,
realizou-se a festa em louvor à padroeira.
No dia 14, à tarde e a
noite, houve leilão de prendas e ladainha.
No dia 15, às dez horas da
manhã, missa com communhão geral, baptizados e casamentos, às cinco horas da
tarde, procissão com grande acompanhamento e a noite continuação do leilão,
ladainha e fogos.
Nos actos religiosos serviu
frei Idelfonso também de Quissaman.
Apedidos e agradecimentos.
Os abaixo assignadis
communicam por este meio a todas as pessoas que bondosamente concorreram com
donativos para o levantamento da Capela de Nossa Senhora da Boa Morte, na praia
do Furado, que deram cumprimento à sua missão e a capela foi inaugurada no dia
06 de fevereiro do anno corrente (1923).
Aproveitam o ensejo para,
mais uma vez, agradecer-lhes, bem como os que deram prendas para o leilão
realizado por ocasião da festa, em agosto, o valioso auxilio que lhes
prestaram. Especialmente agradecem a distinta família WAGNER e seu valiosíssimo
auxílio, quer na construção da Capela, quer nas solenidades ali effectuadas,
pedindo a Deus por todos.
Campos 16 de outubro de 1923.
Haydéa Peixoto Grain
Isabel Peixoto Crespo
Isabel Sampaio Peixoto
Francisco
Manhães da Boa Morte
AVISO
Juízes da festa de 1924:
Sebastião Pessanha, Eudydes Saldanha, Emídio Parente, Júlio Wagner, Bertholdo
da Silva Tavares, Domingos Barreto, Alexandre Pereira Manhães e Amaro
Gonçalves.
Juízas: Ignácia Manhães de Souza,
Anna Manhães Ribeiro, Alzira Wagner, Inah Ignácia Pereira, Hilda Chagas,
Angelina Pereira de Souza, Edith Manhães, Lúcia Barcelos Silva e Júlia Souza.
Festeiros: Major João Wagner dos Santos e Gualter Dias.
Tesoureiro: Manoel Domingos de Souza
Aos
treis dias do mês de agosto de mil
novecentos e trinta e seis, nesta cidade de Campos, Estado do Rio de
Janeiro, na Sala de Sessões da Câmara Municipal, às quatorze horas, presente o
Excelentíssimo Senhor Doutor LUIZ DA Silveira Paiva, Juiz de Direito mais
antigo em exercício nesta Comarca como Presidente, foi por este declarada que
ia dar cumprimento ao disposto no art. 28 e seus parágrafos da Lei nº 44, de 16
de junho de 1936, e, convidando à mesa Bartholomeu Lyzandro de Albernaz, como
vereador eleito, para servir der Secretário, convidou os Vereadores diplomados a apresentarem os
seus diplomas, tendo atendido ao convite os seguintes: Francisco Manhães da Boa Morte, Dr. Renato Nunes Machado, Jorge
Pereira Pinto, Gualberto Bicudo da Silva, Antonio Salgueiro Júnior, Antonio
Gonçalves Coutinho, Gervásio de Vasconcellos Cordeiro e Bartholomeu Lyzandro de
Albernaz. Em seguida prestaram compromisso perante o Meritíssimo Presidente,
cada um por sua vez, os mesmos Vereadores, proferindo a afirmação legal:
“Affirmo bem desempenhar as funções de Vereador, sustentar e promover, quanto
em mim couber, a felicidade pública” – nesta ordem: Francisco Manhães da Boa Morte, Dr. Renato Machado, Gualberto
Bicudo da Silva, Jorge Pereira Pinto, Antonio Salgueiro Júnior, Antonio
Gonçalves Coutinho, Gervásio Vasconcellos Cordeiro, Bartholomeu Lyzandro
Albernaz. Tomados os compromissos de todos o Meritíssimo Presidente os declarou
empossados e installada a Câmara Municipal de Campos. Convidou, então, os
Vereadores a elegerem, por escrutínio secreto, o Presidente, o Vice-Presidente
e o 1º e 2º Secretários da Câmara. Nesta ocasião, o Meritíssimo Presidente
entregando a cada um dos Vereadores empossados uma sobrecarta, pediu a cada um
de per si, se dirigisse ao gabinete indevassável, e lá collocasse sua
sobrecarta oficial, modelo 17, por elle rubricada, a cédula para eleição do
cargo de Presidente. Recolhidos os votos dados em escrutínio secreto a uma urna
fechada, que, aberta, verificou-se o resultado seguinte: Para Presidente: Dr.
Renato Nunes Machado, oito votos; pela mesma forma procedeu-se em relação à
eleição Para Vice-Presidente, sendo eleito o Vereador Antonio Gonçalves
Coutinho por oito votos; para 1º Secretário o Vereador Bartholomeu Lyzandro de
Albernaz, que foi eleito por oito votos, e para 2º Secretário foi eleito
o Vereador Gervásio de Vasconcellos Cordeiro, por oito votos. Os eleitos eram
proclamados à proporção que era conhecido o resultado da eleição, e o
Meritíssimo Senhor Dr. Luiz da Silveira Paiva felicitou os vereadores presentes
fazendo um apello aos mesmos para que não medissem sacrifícios para promoverem a
prosperidade deste município, porque deste modo terão os applausos de todos e
as bênçãos de deus. Terminando seu discurso convidou o Dr. Renato Nunes Machado
para assumir a Presidência o que foi feito sob uma salva de palmas. Assumiu a
presidência o Dr. Renato Nunes Machado que, usando da palavra, após agradecer
as palavras do Dr. Juiz de Direito, disse que a nova vereança tudo faria pelo
progresso de Campos. A seguir usou da palavra o Sr. Vereador Jorge Pereira
Pinto, que produziu substancioso discurso, discorrendo a cerca das obras que
têm sido empreendidas neste Município, digo de Campos, encerrado os trabalhos
Eu Horácio Souza, official de ___ a escrevi.
A seguir Assinatura dos Vereadores
Ata transcrita por Leonice Manhães, filha
de João Francisco, neta de Francisco Manhães.
Rua Visconde do Itaboraí, 154 - Campos / Est. do Rio
FOLHA DO POVO –
6ª feira - 28-12-1951
Desaparece uma
das mais respeitáveis figuras da Baixada Fluminense, chefe de uma grande e
conceituada família, Chefe Político que se fazia acatar pela inteireza do seu
caráter e equilíbrio de atitudes. Será enterrado em Santo Amaro, o Cel. FRANCISCO MANHÃES DA BOA MORTE.
Uma das mais respeitáveis figuras da Baixada Fluminense acaba de desaparecer do número dos vivos, o coronel Francisco Manhães da Boa Morte. Lavrador por tradição e por vocação, o cel. Chico Manhães nasceu, viveu e fez questão de morrer como trabalhador do campo, plantando e criando, enriquecendo o seu berço natal e cuidando devotadamente da família, das mais numerosas e unidas, sempre por ele norteada, já que nada faziam de importante seus filhos e netos, genros e amigos, sobrinhos ou afilhados, sem que antes ouvissem a palavra considerável e segura do chefe e amigo, que era o velho e venerável Cel. Boa Morte.
O POLÍTICO – Quando vemos nos dias de hoje, terra campista sem um verdadeiro chefe político, lamentamos o desaparecimento de F.M. da B.M. Durante muitos anos e até bem pouco, por mais intrincadas que fossem as pendengas, logo terminavam na paz com a intervenção desse homem simples e extraordinário, que as dirimia com a imparcialidade e saber de um Salomão e, ao mesmo tempo, transformava, num instante, inimigos irreconciliáveis em amigos para todo o sempre. Era o verdadeiro chefe do 3º distrito, notadamente em Santo Amaro, São Martinho e Barra do Furado, Assu, etc. Em 1934 candidato a vereador pelo seu distrito, alcançou a mais espetacular votação jamais alcançada em toda Baixada. Escolhido presidente da Câmara, não aceitou o alto posto, preferindo ficar fora Mesa, como companheiro dedicado do General Cristóvão Barcelos, de Arthur Lontra Costa, etc. Ultimamente, com a idade avançada, afastou-se um tanto das lides partidárias, mas ainda assim sua voz era ouvida e acatada, porque era sempre e antes de tudo a voz do bom senso, da experiência e do patriotismo. Fundado o Partido Socialista Brasileiro, nele ingressou, assim como vários dos seus filhos, netos, sobrinhos e genros. Apesar de senhor de muitas terras, muito gado e muita lavoura, o cel. Boa Morte jamais foi um reacionário. O que era seu era de todos. Em cada empregado tinha um amigo em cada auxiliar um colaborador dedicado e leal.
Faleceu
ás 13h30 horas, aos 86 anos de idade cercado pelo carinho dos
seus e do respeito de toda sociedade campista.
Deixa
os seguintes filhos: Manoel, Alexandre, Nelson, João, Escolástica, Úrsula,
Mariana, Ercília, Lucília, Antônia e Celeste Pereira Manhães (1º matrimônio)
e, mais João Francisco, Antônio Francisco, Jacy Francisco, Ney, Maria
Francisca, Nely, Jovita, Haydéa e Arlete Pereira Manhães (2º matrimônio).
Deixa também mais de 80 netos e mais de 20 bisnetos.
A Folha do Povo, que tinha no cel. B. Morte e
tem nos seus descendentes dedicados e amigos e colaboradores, associa-se
sinceramente ao pesar dos que choram o seu passamento, e que são, por certo,
todos eles os homens da rica e laboriosa Baixada Campista.
Mais de mil pessoas o acompanharam ao cemitério de Santo Amaro.
Verdadeira consagração recebeu ontem a figura
pouco comum do Cel. Francisco Manhães da Boa Morte, campista de velha têmpera,
verdadeiro patriarca da Baixada Campista. Logo que correu pela cidade e desta
até Santo Amaro a notícia do seu passamento, homens de todas as condições
sociais foram até sua residência, na Rua Ipiranga, 90, para tributar-lhe as
últimas homenagens e para testemunhar a seus filhos netos, bisnetos, genros,
noras, sobrinhos, afilhados, etc. quanto era estimado e acatado aquele varão de
86 anos, vividos inteiramente a serviço do bem e do próximo.
Entre os que estiveram na chácara da rua
Ipiranga e os que compareceram ao seu funeral a reportagem pode contar mais de
mil pessoas. E em Santo Amaro, onde foi enterrado o corpo do cel. Boa Morte,
todas as atividades foram interrompidas para que toda gente levasse ao grande
amigo e conselheiro o seu adeus, a sua despedida, muita tristeza. Ao baixar o
corpo à sepultura, discursou o nosso ilustre confrade Ulisses Martins –
Homenagem da Câmara – O dr. Maximino Ferreira Ramalho, presidente da Câmara
Municipal de Campos, interpretando o sentimento dos senhores vereadores, e
desejando dar uma demonstração de pesar pelo falecimento do ex-vereador
Francisco Manhães da Boa Morte, ontem ocorrido, resolveu suspender o expediente
do Legislativo, por três dias, tendo, em Comissão com os edis Manoel Pereira
Gonçalves e Amaro Soares acompanhado os funerais representando a Câmara
Entre os que visitaram o corpo do Cel. Boa Morte, arrolamos o Dr. Pereira Rebel, Procurador Geral do Estado.
GRINALDAS – O
trem especial que levou o querido morto até Santo Amaro, conduziu muitas
“corbeilles” de flores, entre as quais pudemos anotar as enviadas por: Barros
Barreto e família, Departamento Nacional de Obras e Saneamento, Artur Lontra
Costa, Sr. Dito e família, Maria da Conceição e filhos, Francisca Custodia da
Conceição (esposa) e filhos, Irmãos Martins, Arialdo Ribeiro, Helson Souza,
Alexandre Batista e família, Ageu Macabu e família, José Francisco Pinto,
Hercília e filhos, Celso de Souza e família, Nelson Manhães e família, Antonio
Manhães, esposa e filhos, Escolástica Manhães e família, Úrsula Manhães e
esposo.
Discurso realizado por ocasião do centenário de nascimento do
Cel. Francisco Manhães
da Boa Morte
Exmas.
Sras.
Meus
Senhores
A
mim foi dada nesta hora a missão sublime de agradecer. O que realizamos não poderia
ser tarefa de uma só pessoa. Vi, com profundo sentimento de gratidão, que a ideia
de se comemorar o centenário de nosso amado e inesquecível avô, Coronel Francisco
Manhães da Boa Morte, teve o apoio franco e entusiástico de centenas de seus
descendentes. Os filhos ampararam-nos, os 120 netos, uniram-se espontaneamente.
Todos, enfim, se congregaram com um só coração e uma só alma para homenagear
aquele que nos legou, acima de tudo, o exemplo de probidade, de bondade e de um
altruísmo raramente encontrado.
Seja
nosso primeiro agradecimento ao Deus todo poderoso que nos concedeu vida, saúde
e o ideal sadio e nobre de perpetuarmos no bronze a memória de quem viverá sempre
na recordação dos que, em número incalculável, tiveram a ventura de serem chamados
seus parentes ou amigos.
A
todos quantos em espírito se unem nesta homenagem, a nossa imorredoura gratidão,
que mais se aquilata quando vemos unidas na mesma saudade famílias nobres de
nossa terra, como as de João Wagner dos Santos, do Desembargador Álvaro Grain,
do Dr. Gastão de Almeida Graça e do Dr. Artur Emiliano da Costa, aqui hoje redivivo
na pessoa, na inteligência, na palavra clara, ardente e emocionante do seu digno
filho Dr. Artur Lontra Costa.
No
dizer de um poeta, a saudade nos punge como um espinho, mas qual uma flor delicia-nos
com um perfume. Eis o estado em que se acham os nossos corações: sangrados pela
dor da separação do nosso velho protetor, privados de suas brandas palavras de
orientação e conselhos e daquele olhar cuja piedade nenhum artista poderia
reproduzir, não haverá lágrimas capazes de traduzir a grande emoção que nos empolga.
A dor, entretanto, é suavizada por essa tão consoladora e afetuosa solidariedade
dos amigos e dos parentes do nosso saudoso pai e pela alegria imensa que experimentamos
ao ver que ainda existem neste mundo as verdadeiras amizades e o sublime
sentimento que se chama gratidão.
Possuídos
assim, desse misto de tristeza e de alegria, só nos resta num momento de silêncio, subir todos nós nas asas do
pensamento ao Trono da Graça e suplicar ao Onipotente que console as nossas
almas e abençoe as nossas lágrimas, permitindo que nós e nossos filhos
palmilhemos as veredas da honradez e da bondade sempre trilhadas pelo inolvidável
pai, avò, parente e amigo, que foi o venerando Coronel Francisco Manhães da Boa Morte.
15.8.1954
Colhidas
no dia 25.08.2022 em Reunião com a família Manhães
- Idealizador da 1ª Placa em bronze, no Centenário em 15. 08. 1965 - AYRTHON NERY DE SOUZA.
- No local da antiga chácara de FMBM na Rua
Ipiranga, 90, em Campos, hoje está erguido o Edifício Vila Real. Informação passada por Geraldo Manhães.
1- Quem
foi Lino Açucena? Atravessava pessoas na sua canoa do Furado para a Barra do
Furado, muito lembrado por atravessar as crianças que iam para a escola da
Profª. Délfica, naquele tempo o rio era largo e profundo. Os pais confiavam
nele. Anos depois existiu outro canoeiro chamado “Cai N`Água” muito popular
também;
2- A pedido de FMBM, o genro Júlio César de Freixo Lobo,
casado com Lucília Manhães Lobo redigiu o documento para instalação do Colégio,
na Barra do Furado, que é a atual Escola Municipal DÉLFICA DE CARVALHO WAGNER e
do qual foi a 1ª professora daquela geração;
3- Quem foi Júlio Cesar de
Freixo Lobo?
Veio do Rio de Janeiro para ser rádio-telegrafista no chamado Rádio Velho, em Farol de São Tomé e através do código MORSE orientava as embarcações em áreas submersas dos baixios da Barra do Furado, que era considerada área a ser saneada.
Colaboração
da neta Nilda Manhães
O Francisco Manhães teve 12
filhos do 1º casamento sendo que o filho chamado Bento, faleceu ainda moço
tendo como causa uma queda de cavalo. ANA BEATRIZ, filha de Nilda está
pesquisando o nome dos portugueses que trouxeram de presente para o Francisco
Manhães, a imagem da Nossa Senhora da Boa Morte.
A PREFEITURA MUNICIPAL DE QUISSAMÃ
Exma.
Prefeita do Município de Quissamã
À Sra. Maria
de Fátima Pacheco
REFERENCIA PROTOCOLO NÚMERO 8177/2022, DE 05/2022
SENHORA PREFEITA,
EM REFERENCIA AO PROTOCOLO SUPRA, VENHO RETIFICAR QUE O MESMO SE REFERE A ENTREGA PARA DOAÇÃO DO BUSTO DE FRANCISCO MANHÃES DA BOA MORTE, EM BARRA DO FURADO, COMO PATRIMONIO DO MUNICPIO DE QUISSAMÃ, FICANDO COMO RESPONSAVEL A SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA, PATRIMONIO HISTORICO E LAZER DO MUNICIPIO.
ATENCIOSAMENTE,
LUIZ CARLOS DE ALMEIDA MANHÃES
CPF
379409707-63
TELEFONE 22 9 9824 8222
Assunto: Solicitação e Convite
Nós da Família Manhães, através do seu munícipe LUIZ CARLOS DE ALMEIDA MANHÃES, obtivemos sua autorização para transferência do busto, do Patriarca Cel. FRANCISCO MANHÃES DA BOA MORTE, de uma propriedade particular, no município de Campos dos Goytacazes (Furado), para o logradouro público em frente à capela de Nossa Senhora da Boa Morte, em Barra do Furado, município que ora tão bem dirige seus destinos. A Família doou os Terrenos para a Construção da Escola, do Posto de Saúde, da Praça e da Capela Nossa Senhora da Boa Morte.
O local onde estava o bem
histórico/cultural era de seus herdeiros, mas atualmente encontra-se em
mãos estranhas à família e que por todas as razões não teria motivo para abrir
sua propriedade à família ou a algum turista que tivesse curiosidade e
interesse na história daquele pedaço de chão.
Agradecemos seu acolhimento a uma
peça valiosa, que relembra um nosso antepassado, que tanto exemplo deixou e
apesar de passados 71 anos de seu falecimento, em 28.12.1951, ainda reúne a
família em torno de seu carisma e caráter apaziguador.
O bem histórico/cultural
foi inaugurado em 15.08.1965, por ocasião do centenário do seu nascimento e
nesses 57 anos de existência permaneceu intacto. Neste momento cremos que
esteja num lugar próprio à visitação de quantos queiram relembrar sua história,
que se confunde com a história do lugar. Ele também era proprietário de terras
no outrora município de Macaé.
Nossa preocupação:
- Estará o busto, em bronze, a
partir de agora em lugar seguro?
- O Município de Quissamā zelará
pela sua importância histórica?
- Receberá registro como bem Patrimonial
Histórico da Secretaria Municipal de Cultura, Patrimônio Histórico e Lazer do
Município?
- O Poder Municipal pode garantir
sua integridade perante o vandalismo, pois o Busto é de Bronze e está com preço
valorizado no mercado negro, com a instalação de Câmera de Segurança, sendo
monitorado pela Guarda Municipal de Barra do Furado?
Gostaríamos de receber garantias
quanto aos questionamentos.
Neste momento, CONVIDAMOS V. Exª., que esteja presente no dia 14.08.2022, após a missa na capela de Nossa
Senhora da Boa Morte, para reinaugurar o busto que está colocado em frente à
capela acima citada, na Avenida que já recebe seu nome, FRANCISCO MANHÃES DA
BOA MORTE.
Contamos com sua presença.
Quissamã,05 de julho de 2022
LUIZ CARLOS DE ALMEIDA MANHÃES
COM ANEXOS:
- HISTORICO DE
FRANCISCO MANHÃES DA BOA MORTE;
- FOTO DO BUSTO DO FRANCISCO MANHÃES DA BOA MORTE, NA PRAÇA DE BARRA DO FURADO.
RELAÇÃO
DOS FILHOS E NETOS DE FRANCISCO MANHÃES DA BOA MORTE, QUE CONTRIBUÍRAM PARA A
CONSTRUÇÃO DO BUSTO EM 15/08/1965:
FILHOS
DE MANOEL PEREIRA MANHÃES:
JOAQUIM
PEREIRA NETTO
INÁCIA
DE JESUS AZEVEDO
LALI
PEREIRA MANHÃES BARRETO
BENTO
PEREIRA MANHÃES
MARIA
JOAQUINA MANHÃES BARRETO
JOSÉ
SALLES MANHÃES
JOSÉ
MANOEL DOS ANJOS MANHÃES
FRANCISCO
PEREIRA MANHÃES
FILHOS
DE JOÃO PEREIRA MANHÃES:
EDITE
MANHÃES VIANA
EDINA
MANHÃES
EDIVA
MANHÃES NOGUEIRA
EDSON
MANHÃES
EDNÉIAS
MANHÃES
EDIMA
MANHAES DA SILVA
EDNIR
MANHÃES AZEREDO
FILHOS
DE ESCOLÁSTICA PEREIRA MANHÃES
INÁCIA MANHÃES JUSTINIANO
GENÁSIO
MANHÃES DE SOUZA
AMARO
MANHÃES DE SOUZA
FRANCISCO
MANHÃES NETO
MARIA
RITA MANHÃES SOARES
JUREMA
MANHÃES DE SOUZA
NILDA
MARIA MANHÃES PINTO
NOÊMIA
PEREIRA MANHÃES
BENTA
MANHÃES DE SOUZA
DOMINGOS
MANHÃES DE SOUZA
HOZÉLIA PEREIRA DO AMARAL
GERALDO PEREIRA MANHÃES
FILHOS
DE MARIA PEREIRA MANHÃES
IRINEU
MANHÃES RIBEIRO
MOACIR
MANHÃES RIBEIRO
ERENEAS
MANHÃES RIBEIRO
ARACY
RIBEIRO DOS SANTOS
JURACY
RIBEIRO AZEVEDO
ADHAIL MANHÃES RIBEIRO
JOÃO
RIBEIRO FILHO
SILVIO
MANHÃES RIBEIRO
HERALDO
MANHÃES RIBEIRO
ADÉLIA
MANHÃES RIBEIRO
FILHOS
DE MARIANA PEREIRA MANHÃES
ANA
MANHÃES RIBEIRO DE ANDRADE
INACIA
MANHÃES DA SILVA
MARIA
DA PENHA RIBEIRO DE SOUZA
MAGNO
RIBEIRO MANHÃES
ERCILIA RIBEIRO MANHÃES
IRINÉA
MANHÃES CORDEIRO
FILHOS
DE ALEXANDRE PEREIRA MANHÃES
CINÉZIO
SALES MANHÃES
DILMA
SALES MANHÃES
FILHOS
DE ERCILIA MANHÃES PINTO
JOSÉ
FRANCISCO MANHÃES PINTO
LÊDA
PINTO LUCAS
LIA
PINTO SIQUEIRA
FRANCISCO
JOSÉ PINTO
LUCY
MANHÃES PINTO
SONIA
MARIA MANHÃES PINTO
FILHOS
DE ANTÔNIA MANHÃES MACHADO
AYRTHON
NERY DE SOUZA
MARIA
AYRTES DE SOUZA
MARIA
AMARITA DE SOUZA
MARIA
ARLETE MANHÃES DE SOUZA
FRANCISCO
DE ASSIS MANHÃES MACHADO
LENI
DA CONCEIÇÃO MANHÃES MACHADO
FILHOS DE NELSON PEREIRA MANHÃES
NILSON
ALVES MANHÃES
JOSÉ
ALVES MANHÃES
JURACY
ALVES MANHÃES
JUREMA
MANHÃES CHAGAS
JOCELIA
MANHÃES VILELA
FILHOS
DE LUCILIA MANHÃES LOBO
EGYDIO
CESAR FREIXO LOBO
MILTON
DE FREIXO LOBO
LUCY
LOBO FERREIRA
MOACYR
FREIXO LOBO
FILHOS
DE CELESTE MANHÃES FERREIRA
ALCESTE
MANHÃES FERREIRA
EDILETE
FERREIRA LOBO
FIHOS DE JOÃO FRANCISCO MANHÃES
LENILTON
MANHÃES
LENICE
MANHÃES
LUCIEMA
MANHÃES
LUCIANO
MANHÃES
LEÔNCIO
MANHÃES
LAURI
MANHÃES
CARLITO
MANHÃES
JOÃO
CESAR MANHÃES
LUCIMEIA
MANHÃES
ROSANE
MANHÃES
FILHOS
DE ANTÔNIO FRANCISCO MANHÃES
ANTONIO
FRANCISCO FILHO
JOSÉ
MARTINS MANHÃES
LUIZ
CARLOS MARTINS MANHÃES
CRISTIANA
MARTINS MANHÃES
ISABEL
CRISTINA MARTINS MANHÃES
FRANCISCO
NEY MARTINS MANHÃES
JOÃO
MARCOS MARTINS MANHÃES
CARLOS
AUGUSTO MARTINS MANHÃES
ANA
LUCIA MARTINS MANHAES
FILHOS
DE MARIA FRANCISCA MANHÃES RANGEL
VERA
MANHÃES DA SILVA
RIZETE
MANHÃES DA SILVA
FILHOS
DE NELY MANHÃES WAGNER
RAUL
ETHIENNE MANHÃES WAGNER
CÉLIO
MANHÃES WAGNER
MÁRIO
MANHÃES WAGNER
RONAN
MANHÃES WAGNER
CÉLIA
MARIA MANHÃES WAGNER
FILHOS
DE JOVITA MANHÃES CHAGAS
LUIZ
AMARO CHAGAS
CELME
MANHÃES MACIEL
JOSÉ
NEY MANHÃES CHAGAS
TELMA
MANHÃES CHAGAS MOTA
FILHOS
DE HAYDÉA MANHÃES PEREIRA
VALDÉIA
MANHÃES PEREIRA
SOLANGE
PEREIRA MANHÃES
ROSA
MARIA MANHÃES PEREIRA
ANA
MARIA MANHÃES PEREIRA DE AZEVEDO
FERNANDO
MANHÃES PEREIRA
FILHOS DE ARLETE MANHÃES SALES
LUIZ
CLÁUDIO MANHÃES SALES
CLÁUDIA
MÁRCIA MANHÃES NUNES
FILHOS DE JACY FRANCISCO MANHÃES
ÂNGELA
MARIA CHAGAS MANHÃES
SONIA
MARIA CHAGAS MANHÃES
CARLOS
CHAGAS MANHÃES
CELSO
CHAGAS MANHÃES
JACY
CHAGAS MANHÃES
O Velho Chico teve
mais 4 filhas, que estamos buscando a filiação:
Maria
Maura, Lídia, Luzia e Idalina.
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