INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
Ata de Posse / Gestão 2018-1020

Aos nove dias do mês de outubro do ano de dois mil e dezoito, às dezoito horas, no Museu Histórico de Campos dos Goytacazes, teve início a reunião de Assembleia para posse da nova diretoria do Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes, cuja cerimônia foi organizada seguindo a seguinte pauta com o cerimonialista Vilmar Rangel: Apresentação musical com Dom Américo - Hino à Campos; Instalação da mesa com a presença da Diretora do MHCG Graziela Escocard Ribeiro; Presidente do IHGCG Sylvia Marcia Paes; Convidada especial Zedir Carvalho; Palestrante Convidado Herbson Freitas e a Presidente da FCJOL Srª Maria Cristina Lima. A presidente abriu a cerimônia, na qual se encontravam presentes - Sylvia Paes, Graziela Escocard, Genilson Soares, Wellington Rangel, Wellington Paes, Carmen Eugênia S. Gomes, Antônio Ornelas, Herbson Freitas,
Vilmar Rangel, Carlos Augusto Alencar, Mário Terra Arêas Filho, Vitor Meneses e João Pimentel - ponderando sobre o importante momento e realizando um breve relatório das atividades da diretoria em sua gestão. O presidente que ora se empossa nos brindou com a exibição de um vídeo com o saudoso Waldir Pinto de Carvalho de a sua posse no IHCG. Ao final da exibição a convidada especial da noite, senhora Zedir Carvalho que proferiu palavras de agradecimento A seguir Herbson brevemente no apresentou um histórico do Instituto Histórico desde a sua primeira formação. O cerimonialista convidou os componentes da diretoria para receberem as carteirinhas de sócio do IHGCG e foi simbolicamente entregue uma especial para o Dr. Waldir Carvalho nas mãos de sua filha Zedir Carvalho: Presidente - Genilson Paes Soares; 1º Vice-Presidente - Alberto Fioravanti; 2º Vice-Presidente - Antônio Carlos Ornellas Berriel; 1º Secretário - Sylvia Marcia Paes; 2º Secretário - Carlos Augusto Souto de Alencar; 1º Tesoureiro - Mario Terra Arêas Filho; 2º Tesoureiro - Vitor Meneses; Orador Oficial - Vilmar Rangel; Diretor de Acervo Documental e Biblioteca - Welliton Rangel. As Comissões estão assim compostas: a) de História, Geografia e Ciências afins - Larissa Manhães, Carlos Augusto Souto de Alencar, Rafaela Machado; b) de Estatuto - Simonne Teixeira, João Pimentel, Clea Leopoldina Almeida; c) de Publicações e Eventos - Patrícia Bueno, Welligton Paes, Carmen Eugênia Sampaio Gomes, Wellington Cordeiro; d) de Admissão de Novos Membros - Humberto Barreto, Renato Siqueira e Graziela Escocard. Do Conselho Fiscal participam Teresa Peixoto, Orávio de Campos Soares e Heloisa Crespo. Antes do encerramento foram feitas homenagens com entrega de flores para Cristina Lima e Cristiane Hilel. Assim foi passada a palavra ao presidente empossado Genilson Soares que pontuou importantes tópicos que deseja realizar convidando toda sua diretoria para as fotos oficiais e a todos os presentes para o Coquetel servido no Café do Museu. Sem mais para o momento encerro a presente ata que vai assinada por mim e por quem de direito.
  
 
 
 
FALA DA PRESIDENTE SYLVIA MARCIA PAES

        Meu afetuoso boa noite aos colegas de mesa e aos nossos convidados que puderam estar conosco celebrando esse momento.
Nenhuma organização da sociedade civil é exitosa sem a participação de seus componentes. Esta é uma espécie de corrida de revezamento na qual o único vencedor é sempre o mesmo, a instituição na qual estamos inseridos, mas o revezamento deve ser realizado a cada dois anos como forma democrática de compartilhamento de saberes e renovação de lideranças.
        Sendo assim cumpro o protocolo de fazer aqui e agora, uma espécie de prestação de contas, em Uma Retrospectiva das Práticas da Gestão 2016/2018. Adotamos como metodologia de trabalho a sugestão da diretoria que nos antecedeu, convidando para cada encontro mensal um palestrante e nesses recebendo alunos graduandos de diferentes cursos e instituições de ensino superior, que receberam seus certificados imediatamente.
Abrindo nossos encontros no ano de 2017 recebemos o presidente que hoje será empossado, Genilson Paes Soares que nos falou sobre o “Centenário das Obras de Melhorias Urbanas em Campos dos Goytacazes” encerrando as atividades do ano comemorativo, uma parceria ACL e IHGCG. Depois foi a vez da professora Maria Alice Pohlmann que nos levou a revistar a nossa cidade a partir das publicações da revistas A Aurora Lettras-Artes & Sciencias e Gênesis, entre os anos de 1900/1923. Já a nossa colega de Instituto Histórico Rafaela Machado Ribeiro nos levou pelos "Caminhos e Descaminhos da Exploração do Ouro das Minas do Castelo pela Capitania da Paraíba do Sul - séculos XVIII e XIX”. O Prof. Ives Duque nos adoçou com o sabor do “O doce chuvisco na tradição e memória campista: novas contribuições e apontamentos”. Em agosto festejamos o santíssimo com um Encontro de Folias de Reis, recebendo a nossa única Folia e a de São Fidélis. Oficinas de “Bandeiras de Folias” foram realizadas pelas artesãs Morgana Aguiar e Arlene José, para professores da rede oficial de ensino. Encerramos com uma Mesa de Debates “Tradições Culturais - Folias de Reis” e pudemos contar com Wellington Cordeiro - Conselheiro Cultural da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro na cadeira de Artes Plásticas; Gisele Gonçalves - Mestre em Políticas Sociais/UENF e prof.ª do ISEPAM/FAETEC; Joilza Rangel - vereadora representante da Comissão de Educação e Cultura da CMCG; Neuzimar de Souza Lacerda Mediação - Secretária de Cultura de São Fidélis, tendo Tim Carvalho como moderador. Mas também não poderíamos deixar de comemorar com a professora Márcia Regina da Silva Ramos Carneiro o “Sangue na Praça São Salvador - o comício integralista de 1937”. Novamente um colega de Instituto nos brinda com seus saberes, e, foi a vez de Herbson Freitas nos contar sobra a nossa Campos e seus tipos populares. Mas como o IHGCG instigou as comemorações pelo Sesquicentenário à Nilo Peçanha organizamos para abertura do ano do sesquicentenário a Mesa Redonda Negro Nilo? composta pelo pesquisador Genilson Paes Soares, Prof.ª Clareth Reis (UENF), Prof.ª Larissa Manhães, Wellington Cordeiro, com mediação da professora Carmen Eugênia Sampaio Gomes. Encerrando nossos encontros do ano celebramos nomes memoráveis como Jorge da Paz Almeida, Horácio de Souza, Alberto Frederico de Moraes Lamego, Nilo Arêas, entre outros, e nessa Mesa Redonda participou Cléa da Paz Almeida, Larissa Manhães, Mário Terra Arêas Filho, Raphael Barros Sousa Neto com mediação de Vilmar Rangel.
        O ano de 2018 não foi menos profícuo em atividades e iniciamos com a presença de membros da Associação das Autoras e Autores Campistas – AAAC, que aqui estiveram para falar sobre o patrimônio cultural local presente em suas obras infantis. Em abril recebemos o professor Carlos Eugênio Soares que discutiu sua obra “A Visita do Imperador” e que nos valeu uma reflexão desse momento em plena Praça do Santíssimo Salvador, cenário da obra.
         Em maio, a pedido do nosso colega Vilmar Rangel, tivemos aqui reuniões de diretoria especialmente para tratarmos sobre o nosso Brasão, nossa Bandeira e o nosso Hino de Campos. Trabalho consistente foi concluído por Genilson e entregue ao Prefeito em reunião muito especial. Maio foi um mês farto de atividades, tivemos também a Mesa de Debates composta por Lírio (NBR), Priscila (UENF), Lucia Talabi (SUPIR), Erika (UFF), Sergio Sérgio Risso (IFF), Lebron Victor (NBR), Clareth Reis (NEABI/UENF) e mediada por
Clea Leopoldina Almeida, que discuti os “130 anos da Lei Áurea: cativeiro social, buscando
caminhos para a liberdade”.
         Mas nós também nos preocupamos com as eleições para o nosso Instituto e, duas reuniões de diretoria foram realizadas especialmente para definição da escolha da diretoria que gestará o biênio 2018/2020. Mas não deixamos a oportunidade passar e recebemos também o arquiteto Humberto Neto das Chagas que nos levou a uma “Visita ao Mosteiro de
São Bento em Mussurepe”.
        Em agosto tivemos o “Encontro do Patrimônio: Os desafios da preservação do Patrimônio Cultural em Campos dos Goytacazes” em parceria com a Vila Maria, a ACL e Officina de Estudos do Patrimônio Cultural, para o qual recebemos 31 trabalhos inscritos com a participação as instituições de ensino superior IFF, UFF, UENF e UNIFLU e seus diversos cursos (Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Artes, Literatura e Cultura Regional, História e Geografia). Na abertura realizada na ACL, tivemos uma fala/apresentação especial da Professora Lia Calabre, coordenadora de Cátedra UNESCO de Políticas Culturais e Gestão que apoiou o evento e a conferência do Arquiteto Ivo Barreto Filho responsável pelo IPHAN regional. Nas outras duas tardes foram realizadas 8 (oito) mesas temáticas, além da mesa de encerramento com representantes da UFF, IFF, UENF e Arquivo Público Municipal, instituições que desenvolvem trabalhos de Educação Patrimonial. Foram cerca de 250 pessoas participantes do encontro, o que representou para nós o sucesso. Estiveram presentes em nome do IHGCG na organização desse encontro nosso futuro presidente Genilson Soares, Sylvia Paes, Simonne Teixeira, Vilmar Rangel e Carmen Eugênia S. Gomes. Estiveram presentes ao encontro João Pimentel, Carlos Freitas, Gisele Gonçalves,
          Larissa Manhães, Rafaela Machado, que apresentaram trabalhos, inclusive. A proposta para um próximo encontro é a abertura para um Encontro Regional, convocando mais parceiros, ampliando fronteiras.
          Fechando o ciclo de palestras recebemos os mestres Leonardo Vasconcelos e Humberto Neto, ambos do IFFluminense para uma mesa redonda sobre o patrimônio material de nosso município, mediada pela presidente Sylvia Paes. O professor Leonardo nos brindou com uma série de fotos históricas de alguns patrimônios já perdidos e o arquiteto Humberto comentou sobre o trabalho de restauração tão necessário em alguns patrimônios. A mediação trouxe ao grupo algumas informações das Cartas Patrimoniais e lembrou a importância do compartilhamento de informações entre COPPAM e IHGCG. O Grupo de Trabalho do Sesquicentenário de Nilo Procópio Peçanha merece uma avalição especial. No ano de 2017, por iniciativa de Vilmar Rangel e Genilson Soares, buscamos a parceria da prefeitura para a oficialização de um Grupo de Trabalho visando a celebração do Sesquicentenário daquele que foi o maior estadista do Brasil, o campista Nilo Procópio Peçanha. Conosco se alinharam a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) na
pessoa de Maria Cristina Torres Lima, que coordenou o GT; a Academia Campista de Letras (ACL) na pessoa de seu então presidente Hélio de Freitas Coelho; a Associação de
Imprensa Campista (AIC) com Vitor Menezes então presidente; Câmara Municipal de Campos representada por Francisco Alves; Instituto Federal Fluminense (IFF) representada
pelo professor Carlos Alberto Henriques; Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes (IHGCG) com Sylvia Márcia Paes, Genilson Soares, Vilmar Rangel entre outros companheiros sempre presentes; a Loja Maçônica Fraternidade Campista representada pelo Dr. Nylson Macedo, Secretaria de Educação, Cultura e Esporte representada pelo secretário Brand Arenari e sua assessora Cristiane; a Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbano representada pelo secretário Gledson Sampaio Bitencourt e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico na pessoa de seu gestor Victor Aquino Vianna Fernandes.
           Ainda estiveram conosco em várias ocasiões familiares do ilustre campista Maria Tavares e sua irmã Valéria Peçanha, além de seus pais. Contudo, nem todos estiveram juntos até ao final, assim como nem todas as propostas foram passiveis de realização.
           Em 02 de outubro de 2017, abrindo o ano do Sesquicentenário de Nilo Peçanha, flores foram colocadas em sua estátua na entrada da cidade, e para tanto foram providenciadas a identificação e iluminação adequadas ao local. Foi também lançado em parceria com os Correios, um selo comemorativo. Um curso especial sobre o vulto histórico homenageado foi oferecido aos professores da rede municipal de ensino e aplicado em quatro encontros no Museu Histórico. A Academia Campista de Letras ao organizar o I Encontro da Federação Fluminense das Academias de Letras homenageou nosso estadista. Uma exposição itinerante foi organizada e montada por Genilson Soares, com apoio da Câmara Municipal e já esteve na Câmara Municipal, no Museu Histórico e nesse momento se encontra na UNIPLU. Essa exposição estará também na 10ª Bienal do Livro em novembro próximo, no IFFluminense. Os trabalhos foram oficialmente encerrados em 02 de outubro, próximo passado, quando da realização do descerramento da placa no 8º Batalhão da Polícia Militar, que responde como Batalhão Nilo Peçanha.
            Ainda tivemos um edital lançado pela Eduenf para receber e publicar artigos em e-book que deverá ser lançado até ao final deste ano. A revista em quadrinhos sobre a vida e obra de Nilo Peçanha, organizada e financiada pelas Lojas Maçônicas locais, será lançada na 10ª Bienal do Livro que o terá como patrono. Ainda tramita no Senado a aprovação para a nomeação da Br Mário Covas, no trecho entre Niterói e Campos dos Goytacazes, como Rodovia Nilo Peçanha. Temos organizado um City Tour – especial Nilo Peçanha para atender às escolas interessadas.No entanto não nos foi possível a realização de algumas das tarefas idealizadas as quais nos propusemos. Um portal para Morro do Coco lembrando o local de nascimento de Nilo, a publicação de duas obras biográficas, o concurso de redação para estudantes do ensino fundamental.
           Assim meu caro Genilson, na certeza de que a equipe vencedora é aquela que completa o ciclo da prova, passo o bastão à diretoria que hoje será empossada sob sua liderança, para continuarmos juntos nesse percurso que é o de cumprirmos nossas determinações estatutárias, quais sejam a de continuarmos a pesquisar, estimular, estudar e difundir a história e a geografia do nosso município; zelar pelas nossas tradições; preservar a memória dos cidadãos fluminenses que, reconhecidamente, tenham cumprido relevante papel na construção da história do país, do estado e do município; promover palestras e conferências que remetam a nossa história e memória; incentivar a elaboração de monografias e outras produções científicas, concernentes à história e a geografia, além de estudos biográficos acerca dos primitivos povoadores da região, dos campistas ilustres e de outras personalidades ligadas a Campos dos Goytacazes; editar periodicamente, publicações que divulguem estudos e atividades de interesse do Instituto, como o Boletim do Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes; transformar a nossa instituição em ponto de referência e de frequência dos intelectuais vocacionados e dirigidos ao estudo e pesquisa; promover, mensalmente, sessões acadêmicas, abertas ao público, a que poderão comparecer convidados especiais, para leitura e discussão de temas históricos, geográficos e assuntos correlatos; sugerir aos poderes públicos medidas que visem à recuperação, à conservação e à defesa do patrimônio histórico e ambiental nacional, e, em particular, da região fluminense, com especial atenção ao município de Campos dos Goytacazes; proteger o patrimônio material e imaterial de natureza cultural, artística, estética, histórica, turística e ambiental do município de Campos dos Goytacazes,
encaminhando aos órgãos competentes denúncias referentes à depreciação, à desvalorização e à evasão dos mesmos.
           Desejo a você especialmente e a nossa equipe mais vitórias.
 
 
 
 
 
FALA DO NOVO PRESIDENTE GENILSON PAES SOARES

          Boa noite a todos, boa noite aos membros da mesa, Sylvia Paes minha presidenta, Herbson Freitas, presidente da Academia Campista de Letras, Maria Cristina Lima, presidente da Fundação Cultural, nossa gerente do Museu Histórico, Graziela Escocard.
          Para os que não me conhecem, meu chamo Genilson Soares, sou campista, artista plástico, designer gráfico, bibliófilo, pesquisador, formado em comunicação social pela antiga Faculdade de Filosofia e um profundo amante da rica história da nossa Cidade.
          Para mim e minha família — Cristiane minha esposa, Gabriela e Luiza, minhas filhas, aqui presentes —, é motivo de muito orgulho a missão que me foi confiada pelos confrades, para presidir pelos próximos dois anos o nosso resistente Instituto Histórico e Geográfico.
Uma missão que requer, além de devoção à causa, muito trabalho, sabedoria e distanciamento das vaidades. Falo da responsabilidade de estar à frente de uma instituição tão importante para Campos e que já teve na sua presidência, nomes como João Rodrigues de Oliveira, Waldir Pinto de Carvalho, Alberto Fioravanti e agora, por último, a minha querida amiga Sylvia Paes.
          Como associação civil, sem fins lucrativos, nosso Instituto tem diversas finalidades. Mas sob minha presidência pretendo dar continuidade, com empenho, ao resgate fiel e correto da história e da memória de nossa terra, através de seus vultos e dos seus fatos de maior destaque. O campo de trabalho é amplo, e não podemos nos esquecer dos bens e dos costumes, chamados imateriais, e também dos monumentos como partes legítimas do patrimônio cultural e artístico.
          Costumo sempre dizer que eu e os amigos que lutamos pela preservação e valorização dos nossos bens culturais, estamos sempre numa trincheira inglória. Em um país em que as políticas culturais são relegadas a segundo plano, e onde a omissão anda de mãos dadas com o descaso, vemos a cada dia o nosso patrimônio artístico cultural agonizando e, em muitos casos, virando cinzas. Estamos numa batalha diária, e nela constamos a necessidade de termos a educação como aliada. É urgente a introdução da disciplina de educação patrimonial nos diferentes níveis do ensino público e particular. Precisamos da volta da Educação Moral e Cívica, que, adaptada às realidades atuais, representará uma ferramenta fundamental à formação do cidadão com pleno conhecimento dos seus direitos e seus deveres, assim como os valores da ética e do civismo, essenciais à sociedade.
         Nosso Instituto está ciente de sua responsabilidade diante de todo um contexto de carências. Durante meu mandato, que espero ser exercido com a participação dos companheiros diretores, pretendo convidar instituições com finalidades afins para que se juntem aos nossos esforços. Unidos e fortalecidos, teremos mais representatividade para pleitearmos dos poderes públicos um atendimento mais rápido e eficaz às carências de políticas e ações efetivas na área da cultura, como um todo, e da memória mais especificamente. Reconhecemos, neste particular, as dificuldades enfrentadas pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima para o cumprimento de suas finalidades, sobretudo as de apoio e investimentos em projetos, tudo isso por conta das limitações orçamentárias herdadas da administração anterior. Ainda assim é justo registrar a sensibilidade e o empenho da presidência da Fundação no sentido de solucionar impasses e realizar o possível. É diante desse cenário que lembramos diversos parâmetros estabelecidos na Lei Orgânica do município, promulgada em 2014, na parte que trata da cultura e do patrimônio histórico e cultural. Há nessa Seção inúmeros mandamentos, entre os quais os previstos no artigo 265, que atribui ao Município o dever de promover e garantir “a valorização e a difusão das manifestações culturais da comunidade por meio do Plano Municipal de Cultura”, objetivando o atendimento a uma série de direitos os munícipes. Nesse particular chama a atenção o item que trata do estabelecimento de “instâncias consultivas e de participação da sociedade para contribuir na formulação de estratégias de execução das políticas públicas de cultura”.
        Entendemos que, por suas características e pelos serviços já prestados, nosso Instituto se enquadra perfeitamente nessa descrição, podendo atuar como instância consultiva do Poder Executivo. A propósito, registre-se aqui que o Instituto ofereceu à Prefeitura um dossiê de regularização do brasão e da bandeira do município, trabalho que resultou de exaustivas pesquisas em órgãos oficiais. Em nosso mandato pretendemos avançar em outras direções, contribuindo para a definição de outros pontos diretamente ligados à identidade de nossa terra, aí incluídas questões como a partitura mais adequada para o hino oficial, à data mais representativa de criação da vila, uma atenção mais técnica à recuperação e à preservação dos nossos monumentos, e a outras questões que aguardam definição.
      Encerro estas considerações agradecendo a honrosa presença de todos e manifestando a esperança de que nosso mandato conte com a cooperação efetiva de meus companheiros, proporcionando ao município valiosas contribuições à valorização da cultura e da história de nossa terra.
        Afinal, Um povo que não cuida da sua memória está fadado à sua completa dissolução.
 
 
 
 

Fotografias de Antônio Cruz

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